25.11.10

Mantega contra PEC 300

Na primeira exposição pública após ser confirmado como ministro da Fazenda do novo governo, Guido Mantega enfatizou a necessidade de corte de gastos de custeio e, pela primeira vez, colocou como prioridade da política econômica a criação de emprego. Até então, a equipe econômica sempre enfatizou que não era possível buscar vários objetivos.

– A geração de emprego é uma das prioridades máximas.

O ministro ressaltou que isso será perseguido com mais crescimento e sem aumento do endividamento público. Citou como fundamental que não sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso, entre eles a proposta de emenda à Constituição que eleva salários na área de segurança pública (PEC 300), reajuste de aposentados que ganham mais do que dois salários mínimos, aumento do salário mínimo acima dos R$ 540 negociados pelo governo e também recomposição salarial dos funcionários públicos federais.

A futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reforçou a necessidade de avanço na gestão pública e nos gastos do governo. E acrescentou que a maior parte dos recursos será canalizada para as prioridades apontadas por Dilma, citando “a erradicação da miséria, educação e saúde de qualidade, segurança e um combate árduo contra as drogas”.




O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que a aprovação de um piso nacional para os policiais, além de criar despesa para os Estados fere o princípio federativo. Ele argumentou que os Estados são responsáveis pela administração de pessoal e pelo cumprimento do orçamento, garantidos na Constituição.
O ministro Padilha disse que na reunião foi feito um pedido em nome do governo federal para que não sejam votados agora projetos que provoquem gastos não previstos no orçamento.
Fontes: Jornais O GLOBO, e O ESTADÃO